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Uma relação de 7-sete-7 anos

27 de Junho de 2023


Por Maria Flor Pedroso, Presidente do Clube de Jornalistas

Por estes dias quentes de Julho, dia 14, estamos a fazer 7 anos de relação entre o Clube de Jornalistas e a Apifarma: uma relação estável, proveitosa e gostosa. E não, não estamos na crise dos 7 anos, antes pelo contrário! Se a missão da indústria farmacêutica é a de inovar, desenvolver terapêuticas e medicamentos para responder às novas doenças para melhorar a vida das pessoas, a missão do jornalismo é contar como é que se chega lá, se os meios conseguem chegar, e se as pessoas estão a fazer o que é preciso, como poderiam estar a fazer melhor ou o que lhes falta para ser melhor. A nossa chave são as perguntas de sempre: o quê, quem, como e porquê, onde e quando.

Foi esta a visão que tiveram João Almeida Lopes e Mário Zambujal quando há 7 anos a Apifarma quis aprofundar o seu papel como parceiro social activo e dar um contributo decisivo para a vitalidade do projecto Clube de Jornalistas que este ano celebra 40. 

Hoje, 7 anos depois, já não passamos um sem o outro. E que maneira mais feliz que não a de celebrar com o melhor jornalismo, num país que precisa cada vez mais de Saúde porque envelhece mais depressa do que os outros e de mais atenção à sua saúde, para que possa ser sempre melhor. Se quisermos fazer o balanço e perceber o que já alcançámos, podemos olhar para o fruto dos nossos 7 anos de relação e realçar os temas que marcaram estes anos e que passaram pelo crivo do júri multidisciplinar que escolhe os trabalhos premiados. 

Desde um raio-x ao Serviço Nacional de Saúde, saber se temos médicos a mais ou a menos, ao transplante de órgãos em Portugal, ao tratamento das doenças mentais, à diabetes como ameaça silenciosa, ao Alzheimer que é uma doença esquecida pela Europa, aos que renasceram depois do cancro, aos que foram vítimas de mal-entendido por doenças a que chamamos cancro, aos que não conseguem sair do círculo da dor, aos que cuidam dos nossos mais velhos, aos que conseguiram deixar o manicómio, aos que vivem no coração de um hospital, aos que têm medo de dormir porque podem morrer, aos heróis da linha da frente na época do covid quando tivemos de nos deparar com um diário da nossa pandemia, com a alegria de estarmos vivos ou como ficámos a saber que o primeiro covid chegou a Portugal numa fábrica de sapatos, ou como depois da pandemia vamos encarar o SNS e a saúde pública, ou como se arranjaram maestros para sabermos o que fazer com as nossas emoções, ou como ainda há aqueles que são apontados a dedo porque têm SIDA, como há um covid longo que teima em não sair ou como o ventilador se tornou numa máquina de salvar vidas, ou como há tiques que não nos definem, porque somos únicos e singulares e nos focamos na ciência da concentração, porque queremos que nos escutem, por favor para que haja uma redução de danos entre a droga e a vida e que seja possível celebrar os 15 anos de uma lei que tirou as mulheres dos bancos dos réus com o aborto seguro em Portugal.

Nestes últimos anos da nossa relação fomos mais longe e criámos dois novos prémios, um para distinguir a carreira jornalística de quem fez e faz da saúde a sua especialidade, outro para as novas formas de fazer saúde. Agora, só queremos continuar.

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