Dia da Liberdade de Imprensa: Portugal cai no ranking mundial, com situação “satisfatória”
Noruega lidera Índice Mundial da Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras pelo sétimo ano consecutivo, Portugal surge este ano em 9º lugar
A 21.ª edição do Índice Mundial da Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras (RSF) foram divulgados no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala há 30 anos a 3 de maio, por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Neste ranking, com 180 países e territórios avaliados, Portugal perdeu este ano a classificação de situação “muito boa” e caiu dois lugares, para a 9ª posição, passando a liderar o grupo de 44 países com uma “situação satisfatória”.
Segundo a análise dos Repórteres Sem Fronteiras, em 2023 há apenas oito países que podem ser considerados numa “situação muito boa” para a liberdade de imprensa. A Noruega lidera o ranking pela sétima vez consecutiva, seguindo-se a Irlanda, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Países Baixos, Lituânia e Estónia.
Outro destaque do ranking deste ano foi o facto de os Países Baixos (sexto lugar) terem subido 22 posições e recuperado a posição que ocupavam em 2021, antes do assassinato do repórter criminal Peter R. de Vries.
No outro extremo da tabela também há mudanças, com os últimos três lugares a serem ocupados exclusivamente por países asiáticos: o Vietname (178.º), que “quase completou a sua caça aos repórteres e comentadores independentes”, a China (menos quatro, para 179.º lugar), “o maior perseguidor de jornalistas do mundo e um dos maiores exportadores de conteúdos de propaganda”, e, sem grande surpresa, a Coreia do Norte (180.º).
“O Índice Mundial de Liberdade de Imprensa revela uma enorme volatilidade de situações, com grandes subidas e descidas e mudanças sem precedentes, como a subida de 18 lugares do Brasil e a descida de 31 lugares do Senegal”, refere o secretário da RSF, Christophe Deloire, citado no relatório.
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