Home » Notícias

Livro de Rui Cardoso sobre guerra na Ucrânia apresentado esta quinta-feira em Lisboa

4 de Maio de 2022


O livro “Ucrânia, 35 Pontos Fundamentais para Entender a Invasão Russa” (Ed. Oficina do Livro), do jornalista Rui Cardoso, é apresentado por Miguel Monjardino e Pedro Cordeiro esta quinta-feira, 5 de maio, às 18h00, na Livraria Bucholz, em Lisboa. A obra promete ajudar a uma melhor compreensão da guerra com contornos especialmente brutais que, no final de fevereiro, eclodiu em plena Europa, deixando o mundo ocidental entre a estupefação e o choque.

Com uma brevíssima, mas elucidativa, incursão pela história da Ucrânia, passando por temas como a expansão da NATO, o mito do genocídio de russófonos no Donbass, a «transformação» de Putin aos olhos do exterior, a improvável ascensão de Zelensky, a tenacidade dos invadidos e as fraquezas dos invasores, o equipamento militar utilizado de ambos os lados e as armas proibidas por leis internacionais, sem esquecer a ameaça do nuclear, Rui Cardoso aborda o conflito nas suas várias perspetivas e deixa-nos, ainda, pistas importantes sobre o que podemos esperar desta nova era de incerteza que paira no horizonte mundial.

Excerto

«Olhando para os acontecimentos que levaram à invasão da Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, resulta claro que as acções de Putin obedeceram a um guião que começara a ser escrito na Chechénia em 1999, na Geórgia em 2008 e na Crimeia em 2014. Mas esse guião é parte de uma ideia mais vasta: a militarização da sociedade russa e a projecção externa de poder, seja através da força directa das armas, um hard power como agora na Ucrânia, seja por via de um hybrid power, misturando uma diplomacia agressiva cujo rosto é Serguei Lavrov com operações encobertas, recorrendo a forças locais ou a mercenários como é o caso do Grupo Wagner que leva a cabo o trabalho sujo no qual os militares fardados tentam não se comprometer.  (…) há um culto histórico do militarismo na Rússia. (…) Desde logo através das frequentes referências à Grande Guerra Patriótica (II Guerra Mundial) relativamente à qual apenas uma versão – a oficial – é autorizada. Exemplo desta glorificação dos sucessos militares do país é a Grande Catedral das Forças Armadas, inaugurada em 2021 nos arredores de Moscovo e que legitima a narrativa patriótica, interligando-a com outro pilar do poder putiniano, a igreja ortodoxa.»

Rui Cardoso nasceu em Lisboa, em 1953, formou-se em engenharia electrotécnica, mas cedo enveredou pelo jornalismo. Começou no Diário Popular, passou pela revista Face e por O Independente, mas foi no Expresso que fez a maior parte da sua carreira, entre 1989 e 2018. Além de colaborar neste semanário, é também comentador da SIC. Publicou vários livros, entre os quais «Conta-me Como Não Foi» (Casa das Letras, 2022). 

Imprima esta página Imprima esta página

Comente esta notícia.

Escreva o seu comentário, ou linque para a notícia do seu site. Pode também subscrever os comentários subscrever comentários via RSS.

Agradecemos que o seu comentário esteja em consonância com o tema. Os comentários serão filtrados, antes de serem aprovados, apenas para evitar problemas relacionados com SPAM.