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Uma preocupante ERC na Assembleia da República

17 de Janeiro de 2019


Pergunto a mim mesmo como será doravante o ambiente no seio da ERC, quando foram denunciadas e confessadas manobras internas que não são exatamente favoráveis a que a ERC assuma a atitude que os democratas deste país esperam de uma instituição que deveria urgentemente sair da passividade que é manifestamente a sua. (Nobre-Correia)

Uma preocupante ERC na Assembleia da República

A audição de ontem do Conselho Regulador da ERC na Comissão especializada da Assembleia da República foi de facto espantos : visionei-a nesta tarde na ARTV !

Com um presidente da ERC dando a palavra ao conselheiro nomeado pelo PS, mas nunca ao vice-presidente da ERC que era no entanto o autor da nota de minoria, o único que se tinha oposto à posição dos outros quatro conselheiros.

Com uma presidente da Comissão que também não achou necessário dar a palavra ao dito vice-presidente da ERC, Mário Mesquita. Uma presidente da Comissão que passou aliás uma boa arte do tempo a consultar o seu telemóvel, sem procurar sequer dissimular este comportamento.

Mário Mesquita só teve direito à palavra porque, mais de uma hora depois do início (num total de 1h52) resolveu intervir na discussão, sem que a palavra lhe tivesse sido dada.

Porque Mesquita foi um dos poucos fundadores do PS en 1973, em tempos de salazarismo, e um dos deputados da primeira Assembleia Constituinte, em 1975-76, o representante d PS na Comissão poderia de facto ter tido a elegância de manifestar uma merecida simpatia a Mesquita, o que foi feito apenas pela representante do PCP.

Como acontece infelizmente e compreensivelmente neste tipo de situação, Mesquita fez intervenções que não foram precisamente serenas, mas visivelmente enervadas : é humano !, é a vida !…

Pergunto a mim mesmo como será doravante o ambiente no seio da ERC, quando foram denunciadas e confessadas manobras internas que não são exatamente favoráveis a que a ERC assuma a atitude que os democratas deste país esperam de uma instituição que deveria urgentemente sair da passividade que é manifestamente a sua. Até porque há urgência neste pais em matéria de jornalismo, de programação e de média…

Um abraço a Mário Mesquita pela verticalidade da posição que assumiu na ERC e na Assembleia de República !

J.-M. Nobre-Correia, Facebook 17 janeiro 2019

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