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O quarto segredo de Fátima

5 de Março de 2017


zseabra4seg Não foi necessário descer aos subterrâneos do Vaticano: o quarto segredo de Fátima (até agora desconhecido) está à vista de todos no YouTube. Quem ainda não recebeu pelo menos três emails com o link para a extraordinária confissão de conversão de Zita Seabra, fica hoje a saber como a muito ex dirigente do PCP se sente confortada ao colo da virgem Maria, a quem agradece a conversão da Rússia e, presumo, a sua própria. O depoimento é uma coprodução do Santuário de Fátima e da Rádio Renascença, que pediram: Zita, junta a tua à nossa voz. E ela, tocada pelo Espírito Santo, juntou. O que parece certo, dados os conhecidos padrões de consumo da neófita, é que não está no seu horizonte juntar-se às Carmelitas Descalças. (JAG)

Passando a um plano mais sério, este episódio não pode deixar de suscitar uma reflexão sobre a credibilidade de uma pessoa que tem sido chamada pelos media a fazer juizos de valor sobre o partido e as pessoas que traiu. E, por extensão, sobre a credibilidade dos próprios media, cujo interesse óbvio é instrumentalizar a conversa (de paleio, não de convertida) de Zita Seabra no quadro de uma estratégia de combate ideológico.

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Idêntica reflexão podemos fazer sobre as intervenções de um alegado jornalista/comentador de economia que é pago pela SIC para propagandear os interesses, as políticas e os objectivos, não de nossa senhora (como no caso de Zita), mas dos senhores dele. Acredito que, tal como Zita, José Gomes Ferreira sinta o calor de um colo confortável, com a vantagem de ser menos etéreo e mais compensador.

Veja-se o exemplo mais recente da sua cruzada: Esclarecimento da CGD arrasa credibilidade de José Gomes Ferreira

A credibilidade de JGF está, há muito, reduzida a estilhas. Com jornalistas/comentadores assim, a da SIC terá a mesma sorte.

João Alferes Gonçalves
05 março 2017

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1 Comentário »

  • mario ribeiro said:

    Uma e outro cada um no setor respetivo, foram metidos pelos seus, para debaixo do tapete, depois alguns, sempre os mesmos, na falta de originais, foram buscar as fotocopias, que uma vez lavados da poeira que os encobri dâo nisto. MAIS DO MESMO. tristes figurinhas que somos obrigados a consumir sem moderaçâo.

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