A Comissão da Carteira Profissional de Jornalista distribuiu no dia 24 o programa da lista B, concorrente às eleições para aquele organismo, que se apresenta com o curioso moto: “Pelo jornalismo com jornalistas de facto”. O programa da lista A já tinha sido divulgado anteriormente e pode ser lido aqui.

Lista B

Pelo Jornalismo com jornalistas de facto  (Liberdade para escolher)

 

A Lista B, proposta por mais de uma centena de profissionais de variados órgãos de Comunicação Social, candidata-se às eleições para a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), que se realizarão dia 4 de março, como alternativa ao unanimismo, e como desafio a todos os jornalistas para assumirem uma atitude mais interventiva em relação às matérias que regem e condicionam a nossa profissão.

Valorizamos, em primeiro lugar, a Liberdade, a Responsabilidade, a Autonomia e o Rigor, que devem ser os princípios fundamentais do Jornalismo. Desafiamos todos os constrangimentos. Sejam eles vindos de instituições públicas ou privadas, de grupos económicos ou partidos políticos, que tantas vezes se “infiltram” na nossa atividade, viciando a informação e limitando o trabalho daqueles que procuram a notícia pela notícia.

Só se pode escolher bem quando existem várias propostas diferentes. É isto o fundamento da Democracia. É assim numa sociedade que preza a Liberdade.

Dignificar o jornalismo é dignificar os que nele trabalham. Defendê-los a todos, das múltiplas pressões que diariamente enfrentam, é um imperativo dos organismos que lidam direta e indiretamente com a nossa profissão. É dentro desta vocação que entendemos a atividade da CCPJ como entidade administrativa independente de regulação profissional. Em tempos de crescentes dificuldades para o setor da Comunicação Social, a proteção dos seus profissionais é um desafio que assume novos contornos.

Assim, os membros da Lista B convidam todos os jornalistas a partilhar um novo desafio, em que a inquietação deve estar lado a lado com o compromisso e a ousadia  uma qualidade a  fomentar desde os primeiros dias de estágio.

Queremos:

– Ter um processo célere e rigoroso de concessão e renovação de títulos profissionais;

– Aplicar um processo que dê especial atenção às situações dos jornalistas  que se encontram, temporariamente, afetados pelo desemprego, e que mesmo assim desejam manter ativo o título profissional;

– Sensibilizar as entidades patronais para uma partilha de custos no processo de renovação do título;

– Apreciar as infrações disciplinares num contexto global, sem deixar de ser rigoroso, procurando sempre saber a origem do comportamento infractor;

– Ter uma especial atenção aos jornalistas estagiários e ao processo de concessão do título profissional.

Não queremos:

– Que o título profissional seja uma despesa cada vez maior no já parco orçamento de muitos profissionais;

– Que a CCPJ seja apenas uma entidade que cobra serviços e castiga jornalistas. Mas que assuma toda a sua função na defesa do jornalista e da liberdade de agir e de informar;

– Um regulamento eleitoral restritivo que trata de maneira diferente grupos de jornalistas independentes e associações sindicais;

– Que a CCPJ seja o prolongamento ou caixa de ressonância de outros organismos, sem prejuízo de uma cooperação necessária, mas sempre independente.

 

Liberdade para escolher. Pelo Jornalismo. Com jornalistas de facto.

 

Composição da lista B

Efetivos: Miguel Alexandre Ganhão – C.P. 2373, “Correio da Manhã”; Fernando Sobral – C.P. 2083, “Jornal de Negócios”; Myriam Gaspar – C.P. 2733, “Sábado”; Miguel Pedro Vieira – C.P. 2772, “Record”.

Suplentes: Cristina Ferreira de Almeida – C.P. 2920, “Correio da Manhã”; Guilherme Venâncio – C.P. 764, “Sábado”; Luís Pedro Sousa – C.P. 2794, “Record”; Ricardo Tavares – C.P. 1452, “Correio da Manhã”

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