Incêndios misteriosos
Esta foto aérea mostra duas frentes de incêndio rigorosamente paralelas, entre Aveiro e Figueira da Foz. A extensão era de duas ou três dezenas de quilómetros. Esta estranha ocorrência, só por si, dá azo a muitas perguntas. Acontece que o cenário repetia-se mais abaixo, entre a Figueira da Foz e a Nazaré. Na zona onde se situa (ou situava) o Pinhal de Leiria. (JAG)
Os jornais e as televisões andaram muito entretidos, durante e depois dos incêndios, a pedir a demissão de ministros, o que não lhes deixou muito tempo para fazerem o trabalho jornalístico básico. Em que concelhos houve ignições, quantas e com que intervalo de tempo? Em que local tiveram início e como se propagaram as chamas? Etc.
Ainda ontem à noite, uma jornalista admitia, num canal de televisão, que não se sabe ao certo quantos incêndios houve e onde. Também ninguém se preocupou muito com isso. E no meio da conversa lá vieram à baila as queimadas e as faltas de cuidado dos cidadãos.
As polícias prenderam ou identificaram miúdos, domésticas e incendiários avulsos. Pergunto eu: um incêndio como o da foto resulta de uma queimada? De um acto intencional de um incendiário isolado?
Lembro que se trata de frentes de fogo rectilíneas com dezenas de quilómetros. Não é preciso ser especialista para ter uma ideia do que aconteceu. Nas duas imagens abaixo, fica uma indicação das distâncias entre os pontos mencionados e uma perspectiva aérea da distribuição da floresta.
Em todas as medidas de prevenção de incêndios florestais preconizadas, não vejo nenhuma que admita uma acção deliberada de terrorismo incendiário. E no entanto ele move-se.
João Alferes Gonçalves
Só um cego,não pode ver; estes incêndios, só se explicam por duas razões, interesses monetários, e já agora porque não queimar o governo.
Há-de haver alguém que tenha visto um movimento estranho…há-de haver uma consciência que não aguente o peso de saber e calar este acto de terror sobre a floresta, os animais e as pessoas…jrg
É também muito estranho que alguns incêndios deflagrem à noite e de madrugada, quando as temperaturas baixam; não são tão poucos e isso faz desconfiar… ou então é um fogo especial…
Não há dúvida: “O maior cego é aquele que não quer ver.”
“Mark Beighley previu -em 2009- que podiam arder, num ano, 500 mil hectares em Portugal. As razões são muitas, admite, mas à TSF destaca uma: o abandono do Interior. “Os idosos não conseguem tratar os campos”. ( https://www.tsf.pt/sociedade/interior/o-americano-que-em-2009-previu-o-que-aconteceu-em-portugal-em-2017-8867502.html)
Será que há tanta podridão na mente humana, para que alguém, só podem ser monstros, possam provocar tamanha catástrofe? Se assim for, – que um raio os fulmine e não restem cinzas.
[O seu comentário não tem qualquer relação com o texto]
De quem é a fotografia?
Em que circunstâncias foi tirada?
Como estava o autor(es) aí?
Quem é o autor do artigo?
Como poderei ter como verdadeiro este artigo, não obstante a pertinência das afirmações como das perguntas?
Importam-se de tornar o texto credível?
Não basta ser publicado pelo Clube dos Jornalistas.
E, já agora, ainda pergunto mais: a Judiciária tem conhecimento desta imagem?
Obrigado.
Incêndios junto á costa Atlântica nada têm a ver com desertificação do interior. Isto foi uma acção terrorista concertada para atingir o Estado e o governo. O nosso mar pode ter petróleo mas ainda não deita fogo às matas sozinho!!!
Meus Senhores:
Ainda não perceberam?
Já cansei de dizer que nos Escalos a senhora que regava as couves viu uma carrinha branca. Não viu trovoada alguma. Mas o ‘pinheiro incendiário’ já tinha sido escolhido. O sr Daniel Saúde (da TV) está à espera da PJ para depor. Que 12,3 Km em linha recta,no enfiamento da estrada, os aldeões da minha terra viram começar por essas horas outro em Fonte Limpa, Chã de Alvares e os srs do tal Relatório Indepndente só ‘viram’ o de Moninho a 20 Km na mesma direcção.As horas do satélite não batem certo. A mata de carvalhos estava cheia de humidade quando tudo escaldava. Uff! Mas os aldeões disseram logo: «Olha, foi no mesmo sítio de 2003». Etc. Etc. Não tem nexo aonde quero chegar? Pois, incendiários, Pj, Comissão Dependente, está tudo inquinado por tudo ser encomendado. Como!? Desaguisados entre máfias e pagamentos. Vejam o que diz jornalista espanhol Daniel Toledo http://puntocritico.com/2017/10/19/el-cartel-del-fuego-por-daniel-toledo/ , … gov. Sócrates, Passos (Miguel Macedo), Costa, é norma:Quando muda, muda a gestão e o pagador/comissionista dos ‘meios aéreos’ no ‘teatro das operações’. Vejam. Ele põe nomes. Diz quem, onde e como! Até devolveram milhões de fundos europeus para comprar aviões… Não interessa. Mata a carraça!
Muda da Cova da Beira p/ Portalegre, para… e a(s) companhia(s) dos aéreos é posta na prateleira, porque a outra já paga a mim… E, nestas andanças o ‘cártel’ anterior faz represálias, porque para por o processo em tribunal, demora muito (é o caso, consta que …no site vem) e a culpa não é da Justiça, mas antes do enredo das leis proteccionistas dos ‘tolinhos’ que põem fogo à mata. Do outro, lado está o negócio de quem importa celulose do Chile 4 X mais cara e o criminoso do ‘pinheiro incendiário’ nunca mais se despacha, porque cresce devagar. E daí, há montes de celulose produzida nos trópicos, 6 X mais rápida, que está à espera dos 11% de pasta mediterrânica que não deixa o papel partir, … e o eucalipto até aqui, cresce mais rápido, mas os ‘sabotadores’ dos particulares não atam nem desatam dali para fora…! Pudera, fazer as plantações como deve ser, não paga o próprio investido, porque daqui a 11 a 15 anos ainda fica endividado e o monopólio …cel dá a volta ao Equador, aos políticos,… e aos bolsos.
Ainda não entenderam quem está no meio?! Morrer queimado, não conta. A máfia parece que cortava os polegares aos que não queriam pagar. Agora, há ‘formação profissional’ Ah!, mas há muito mais!
… P’ra o ano há mais!
E o burro sou eu …
Ignorantes do c…,assim que começaram as ocorrências disse que o meio mais provável delas estarem perfiladas no mapa com uma linha quase recta indiciava que a origem teria de ser aérea e criminosa. ..
Investigue quem é competente. ..
Mal empregado tempo que andei a aprender investigação de fogos florestais. ..teria sido mais bem empregue a fazer medalhas de cortiça. …
Cumprimentos A.Conde
Caros amigos, no Pinhal de Leiria? Queimadas? só quem é burro e não conhce o local, são kms só pinheirs e mato sem casas, claro que foi TERRORISMO quer queiram, quer não,não venham com desculpas esfarrapadas, pensar de crianças…
Percebe-se o seu cepticismo. Ninguém viu os incêndios a norte e a sul da Figueira da Foz, apesar de serem frentes com dezenas de quilómetros. Provavelmente, nunca existiram. Duvida-se, mesmo, que alguma vez tenha existido o pinhal de Leiria.
Quanto à Judiciária, terá que perguntar-lhes directamente. Eu não trabalho para a PJ.
João Alferes Gonçalves
Caríssimo Jornalista João Alferes Gonçalves,
Não sei como, precipitei-me, pois apesar de o seu nome estar abreviado em cima, também se encontrava em extenso por baixo.
Tem razão quando fala no meu «cepticismo», pois tenho procurado informação fidedigna sobre este fenómeno dos incêndios e, na verdade, tenho encontrado muita desinformação. Não tenho por hábito comentar notícias, mas desta vez caí na tentação. E não me saí bem. Peço-lhe desculpa pela minha impertinência. Desculpe.
Não há razão para pedir desculpa. Todas as opiniões são respeitáveis, desde que não sejam ofensivas. A desinformação sobre os incêndios é um facto. Mas também há muita contra-informação.
JAG
Citando Manuel Ferreira Rodrigues on 27/10/2017 at 03:09:
“De quem é a fotografia?
Em que circunstâncias foi tirada?
Como estava o autor(es) aí?
Quem é o autor do artigo?
Como poderei ter como verdadeiro este artigo, não obstante a pertinência das afirmações como das perguntas?
Importam-se de tornar o texto credível?
Não basta ser publicado pelo Clube dos Jornalistas.
E, já agora, ainda pergunto mais: a Judiciária tem conhecimento desta imagem?
Obrigado.”
…
De facto oportuno, mas temos que ter o mesmo Critério a todas as outras “notícias”, de todos os canais de “informação” sem excepções!
portugueses. estas ocorrências não são mais do que operações Marquês, de outro género mas cujos maiores actores são da mesma família. Incêndios têm-se repetido, ano após ano e sempre sem culpados e sempre o mesmo ou pior no ano seguinte. O problema, é que todos comentam, todos opinam mas porem o dedo na ferida e encontrarem uma justificação, ninguém o faz porque aqueles que nos governam há 50 anos, professores e advogados, principalmente estes que encomendam, fazem e levam todos os outros deputados a aprovar as leis, que não só, não demovem os mentores e seus executantes destes actos de terrorismo como ainda os incentivam, por saberem que as leis os protegem assessorados por advogados cujo objectivo é o lucro, custe o que custar. Portugal tem uma sociedade conflituosa, promovida por advogados, políticos/governantes corruptos, élites banqueiras e gestores de topo ligados por um polvo que dá milhões aos advogados, protegidos por leis impensáveis que só um povo como o português permite e isto é possível por falta de informação aos portugueses que assim os conseguem manter meio drogados. A equipa que nos tem governado nestes últimos 50 anos não tem prestado…há que mudar a equipa e para isso temos que ganhar consciência de que os culpados são os advogados com as leis que nos impõem. O POVO TEM QUE SABER E TER A CORAGEM DE DIZER: BASTA.
[Ayres Esteves, outra vez off topic 🙂 JAG ]
Linhas de electricidade média/alta tensão?
A determinação das causas das ignições deve ser feita por especialistas que tenham acesso a todas as informações relevantes. No caso das áreas mencionadas neste texto não há linhas de alta tensão, como pode ser comprovado aqui>>> http://edp-distribuicao-rede.wntech.com/Nut/12
E linhas de média tensão? Onde se pode consultar?
Terá que perguntar à EDP Distribuição
Isto foi colocado por aeronaves. Assim como muitos outros no Pais.
Duas linhas paralelas de fogo normalmente indiciam uma coisa, trabalho de contra fogo. Nenhum “terrorista” ou “incêndiário” iniciaria um incêndio com duas frentes paralelas separados por algumas centenas de metros,a não ser que seja incrivelmente incompetente, é que além de ter o dobro do trabalho, no dobro do tempo (e o dobro de hipóteses de ser apanhado) a partir de certa altura uma das frentes paralelas apaga-se devido à falta de combustível provocada pela linha de fogo que se encontra à sua frente, ou seja contra producente.
Portanto, relativamente à existência de duas linhas de fogo paralelas, ou estamos a ver um fênomeno provocado pela forma como a vegetação se encontra na zona, ou estamos a olhar para acção humana não intencional (postes de telecomunicação, eletrecidade, etc) ou estamos a ver o trabalho dos Bombeiros.
Já quando e como é que a fotografia foi tirada?
na foto em alta definição dá para perceber o que terá provocado a ignição. Permaneceu no sítio de sempre.
Importa-se de partilhar a sua percepção com os visitantes deste sítio? O que é que provocou a ignição? O que é que permaneceu onde e qual é o «sítio de sempre»?
Esqueça essa complicação perfeccionista de linhas de linhas de Baixa, Média, Alta ou Muito Alta Tensão p/ povo entender. Os termos e os limites, aliás regulamentados, têm evoluído inclusive.
Para o caso, simplificando, as vulgares linhas (c/ 3 fios de cobre nú…suportados por isoladores sobre os postes da rede de distribuição, entre aldeias p/ o caso, antes dos (PT) transformadores situados nos postes ou das cabines (PT), chame-lhe Alta tensão. Se é Média, para vulgo entender, já basta, e mais que isto, é pormenor que só baralha.
Nessas linhas, o ar é o isolador, razão por que estão afastadas assim e têm um isolador porcelânico ou de vidro sobre o poste. Estão estudadas p/ essa distância impedir a chispa entre os fios nus, não isolados, mesmo com chuva. A humidade do ar facilita essa ‘chispa’ geralmente de 30 000 volts entre fios e daí para cima, enquanto os da sua casa, são isolados e, normalmente, têm apenas 230 V. Estabelecida a diferença essencial, se debaixo da linha AT aparecerem pinheiros e matos a arder, o ar quente e/ou isoladores a estalar, funciona como se os fios se aproximassem e dá mais facilmente descarga para a terra, via troncos das árvores ou até no limite entre fios (linhas) e o fio funde, cai. Aí, o metal funde como se fosse o seu aparelho de soldar a electrogénio e o melhor que tem a fazer é juntar os pés, sem tocar em nada até que o fio deixe de rabear. Manter-se quieto porque 30 segundos depois deve voltar a activar-se ‘a trovoada’. Só depois de voltar a parar é que deve afastar-se (andar). E, em terreno seco até procura raízes verdes para se escoar fazendo saltar a casca por ebulição instantânea da seiva.
No caso, não havia chuva, nem humidade. Estio estremamente seco. Fui claro?!
A mata de carvalhos húmida, logo ali, lugar aonde passo regularmente, não entendi.
Se entendeu, explique-me!
É sempre bom aprender com especialistas. O contra fogo é feito em linhas paralelas? Ao longo de 20 quilómetros? Na sua opinião de especialista, é admissível que alguém fizesse um contra fogo no pinhal de Leiria? Igualmente com dezenas de quilómetros? Há só um pequeno problema. Ninguém fez contra fogo nenhum nas áreas indicadas no texto.
Também seria interessante que nos explicasse, na sua qualidade de especialista, a teoria do dobro (de trabalho, do tempo e de hipóteses de ser apanhado). Pormenores fundamentais para avaliar a “incompetência” são o método de ignição utilizado e os objectivos a atingir. Quais são, na sua opinião?
Causa-me alguma estranheza que um especialista não consiga ver que não se faz um contra fogo conduzindo as chamas ao sabor do vento e numa direcção paralela à frente que se quer combater. Mas isto digo eu, que não sou especialista. Também me parece que uma ignição causada por um poste, ou causa semelhante, irradia de forma concêntrica e não linear.
Não estamos a ver o trabalho de bombeiros, porque naquelas áreas nenhuma acção de bombeiros conduziu àquele resultado.
Quanto à fotografia, foi tirada “no pior dia do ano” e de cima para baixo.
Penso que NÃO terá sido nenhuma ação deliberada de terrorismo incendiário, nem que seja algo que se mova.
Mas concordo com o João Alferes Gonçalves: “A determinação das causas das ignições deve ser feita por especialistas que tenham acesso a todas as informações relevantes”
Apenas para que fique claro, a frase final do meu texto (“E no entanto ele move-se”) não é uma alusão a qualquer tipo de mecanismo móvel destinado a atear fogos, mas tão só uma citação da frase atribuída a Galileu (“E pur si muove”).
“O contra fogo é feito em linhas paralelas?”
– Sim, o contra fogo é feito numa linha paralela à frente da linha de incêndio principal.
“Na sua opinião de especialista, é admissível que alguém fizesse um contra fogo no pinhal de Leiria?”
– Não sei se o “especialista” a que se está a referir sou eu, não o sou, as aulas da cadeira de fogos já lá vão à duas décadas (na UTAD) e os trabalhos de fogo controlado em que participei já vão à quase tanto tempo, já deixei a Engenharia Florestal para trás à uns tempos valentes e hoje em dia trabalho em Telecomunicações, mas sim, é admissivel fazer contra fogo dentro de um pinhal, para mais um que está em esquadro, mas só estando no local naquele momento é que seria possível .
“Há só um pequeno problema. Ninguém fez contra fogo nenhum nas áreas indicadas no texto.”
Ok, suponho que teve essa informação diretamente dos bombeiros e que tem a certeza que a AFOCELCA não participou no combate? A ser assim, por exemplo poderá ter sido um efeito da vegetação, naquela área não temos vegetação em esquadria interceptada por vastas àreas dunares?
“Pormenores fundamentais para avaliar a “incompetência” são o método de ignição utilizado e os objectivos a atingir. Quais são, na sua opinião?”
Na minha opinião, como não tive acesso aos relatórios deste incêndio em especifico é dificil dizer qual a ignição, sobre a “incompetência”, se o objetivo é “incendiarismo” tem de se ser um rematadissimo idiota para se criar duas frentes de fogos separadas por umas centenas de metros, uma vai consumir o combustivel da outra.
“Causa-me alguma estranheza que um especialista não consiga ver que não se faz um contra fogo conduzindo as chamas ao sabor do vento e numa direcção paralela à frente que se quer combater.”
Mas eu, não tendo estado lá não sei se uma das frentes foi “deixada ao sabor do vento”, limitei-me a observar que duas frentes de fogos paralelos costumam significar trabalho de contra fogo, e sim faz-se uma linha de fogo paralela e à frente da linha de fogo principal, utiliza-se esta para diminuir o combustível que está à frente da linha principal. Existe documentação disponível online sobre fogo controlado e trabalho de contra fogo, se quiser consultar um verdadeiro “especialista” (eu não o sou) no assunto aconselhava-lhe a página do Facebook do Laboratório de Fogos da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro que é mantido pelo Paulo, que foi meu professor enquanto assistente da cadeira de Fogos à muito tempo, muito tempo atrás, esse sim é um especialista e se ele concordar consigo, que foi “terrorismo”, então, por defeito também vou concordar.
“Não estamos a ver o trabalho de bombeiros, porque naquelas áreas nenhuma acção de bombeiros conduziu àquele resultado.”
Se tem a certeza, se falou com os bombeiros, ok, não foi trabalho de contra fogo, então das duas três, foi resultado da forma como a vegetação se encontrava, ou uma qualquer causa humana, cabos, caminhos, valados, etc, agora não me peça para acreditar que foi uma estrutura “terrorista” que se deu ao trabalho contra producente de criar duas linhas de fogo paralelas uma á frente da outra…
“Mas concordo com o João Alferes Gonçalves: “A determinação das causas das ignições deve ser feita por especialistas que tenham acesso a todas as informações relevantes”
Exatamente
Não. Estamos em comprimentos de onda diferentes, falando de coisas distintas.
Linha A.Tensão referida em relatórios ditos’independentes’são asaludidas p/ Escalos(Pedrógão). Aqui, Pinhal de Leiria, nem se fala nisso. E, sem querer ser acertivo, se o movimento quase só pode ser ocasionado a partir do ar ou por estrada, em Escalos, Fonte Limpa – Chã de Alvares, (a 12,3 Km ) e Moninho (a 20,7Km) sob a mesma linha , digo, estrada é uma recta. Aqui, Leiria, há não muitas linhas A.T. a atravessar ou a seguir este rasto rectilíneo N/Sul, e até nem houve linhas acusadas de ‘incendiárias’.
O que consta por aí fora é que, começando muito antes e mais acima foram entregues às autoridades torcidas de isqueiro (cordão lento) tendo numa das pontas cabeças de fósforo incorporadas; muitos outros iniciados em sítios bem afastados e distintos com pequenos intervalos de tempo; ali para os lados de Abrantes, também dizem, cerca das 4h da manhã, da encosta frontal, alguém viu um pequeno estalo seguido de um cogumelo de lágrimas debaixo do qual ficou tudo a arder num raio de 10 a 15 metros ( até TV disse).
Dos duzentos e cinquenta e seis( palavra de primeiro Ministro à TV)focos incendários de Pedrógão..(milhares depois a partir da mesma semana, desde Amêndoa, Mação, Sardoal), até aos quinhentos e doze, só no tal fatídico fim de semana, à beira mar plantados desde Óbidos, arredores de Marinha Grande,… à Figueira da Foz, é tão notório que, especialista procura-se mesmo!
Por acaso, acaso seja desconhecido, entre a praia e a todo o comprimento do Pinhal de Leiria, afastado cerca dos 100 metros do mar, abaixo e desde a Nazaré, S. Pedro de Moel, Vieira, Coimbrão,…, existe uma estrada quase só em linha recta. Ardeu. Ajuda!?
Caros amigos
Passados 24/25 anos(não me apeteceu fazer contas) vi novamente o pinhal entre Fig Foz e Mira arder, na altura estava eu a cumprir serviço militar obrigatório e na estação do Entroncamento verifiquei a enorme nuvem negra do fogo, na altura vieram canadairs espanhóis,(deu tempo para chegarem),ajudar no combate ao fogo que “supostamente” teria começado num “incidente” numa lizeira na região de Mira e depois se desenvolveu no sentido Norte – Sul.
Desta vez, estava eu a trabalhar, a cerca de 9/10 Km do local onde supostamente foi iniciado, alertado pela sirene dos bombeiros, verifiquei a evolução do fumo no sentido do vento, Sul para Norte.No inicio pelo vento pensei que não chegaria ao meu local de trabalho, pois o fumo seguia o sentido do mar em direcção as praias existentes, passados cerca de 2h (talvez menos) alguém me liga preocupado que o fogo tinha chegado à região das eólicas e estava tb a alastrar para o local onde me encontrava e para estar alerta caso houvesse necessidade de evacuar o pessoal ( que acabou por ter que ser feito por iniciativa nossa e nuca com indicação algumas das autoridades).
Bombeiros tinham sido deslocados para outro grande incêndio mais para o interior do distrito, os poucos que haviam foram ajudados pelos populares com tudo o que podiam e que permitiram que os estragos não tivessem sido mais elevados.
Gostaria de salientar grandes diferenças nestes dois grandes incêndios, um quarto de século antes o incêndio era lento e menos destrutivo, desta vez foi extremamente rápido e varreu tudo onde passou, ficaram “carvões# ao alto e o chão completamento limpo.
Mesmo se existissem bombeiros, a violência com que decorreu não dava para fazerem nada mais.
Se foi intencional, na minha modesta opinião sim, e sim para este do dia 15 e para o outro um quarto de século antes, este especialmente pelo ponto onde começou, porque começando 15/20 km a Norte não teria tido tanta floresta ardida e ainda hoje teríamos alguma floresta, plantada/semeada no inicio do século passado pelos locais.
Para futuros, ou temos equipas de intervensão extremamente rápdas ao inicio dos fogos ou será deixa arder porque nada se poderá fazer assim que tome algumas proporções e não é aviões ou helis que nos salvam depois, neste incêndio nenhum meio aério segurava o que quer que fosse face à violência.
Quanto à foto, nada de extraordinário, perfeitamente aceitável para quem se encontrava na região e viu a violência do vento e a rapidez da propagação do fogo, abriu um canal pelo meio da mata nacional extremamente “PORCA” de matéria orgânica e uma região muito rica em míscaros que possivelmente não voltará a ter.
Mais poderia dizer, mas já vai longo o meu pesar faze a esta situação.
Deixem o povo limpar e tomar conta sem ser necessário licenças e registos e mais “merdas” só para ir buscar uma porcaria de acácia ou pinheiro caído, se é do Estado, é Nosso, o Estado somos todos nós.
Não quero acrescentar nada ao que está dito, pois pasmo com muito do que tive que ler. Só duas coisa muito concretas sobre o que já vi e vivi na minha já um tanto longa vida. Nos tempos do antigamente, o antigamente coloca~se antes do abril, gráfico ocupado por mais de vinte anos, só me lembro de um grande fogo, em Sintra onde morreram vários soldados. Um desastre que encheu páginas de tinta e olhos de muitas lágrimas. Muitos, muitos anos mais tarde, haverão uns quinze a vinte anos, encontrava-me eu de férias numa aldeiazinha muito portuguesa, igual a qualquer outra dessas que agora, o “inocente” fogo, devorou. Encontrava-me num ponto cimeiro, do qual, a uma vintena e tal de quilómetros, se divisava Espanha.Era ao lusco-fusco. A certa altura, numa serra espanhola,cortando a escuridão e entre-cortada pelas curvas e o arvoredo, vejo um farol a deslocar-se. Subitamente esse pontinho de luz pára. “Uma mota”, pensei eu.Depois segue. Instantes depois, no sítio onde houvera antes parado, uma chamazinha tremeluz.Entretanto a luz volta a parar. De novo arranca e, instantes depois, nova chama irrompe na escuridão. E assim foi acontecendo ao longo de quilómetros, que assim foi a distancia que calculei do ponto onde me encontrava. Quando a última foi acendida, já bem grande se encontrava a primeira chama. Fiquei estarrecido com a possibilidade de alguém ter índole para um tal perverso comportamento. Claro que não sei o que aqui, no nosso Portugal, se terá passado, mas natural e normal não foi. Está bem à vista da dedução mais básica. Quanto ao que eu vi, ninguém, nenhum palerma me poderá desmentir, porque eu vi.
É tempo de aclarar uma questão, antes que se perca de vista o sentido do texto inicial.
Rui Oliveira escreveu às 17:49 do dia 28 >>> «agora não me peça para acreditar que foi uma estrutura “terrorista” que se deu ao trabalho contra producente de criar duas linhas de fogo paralelas uma á frente da outra…»
Eu não lhe peço (a si ou a quem quer que seja) para acreditar seja no que for. O papel do jornalista não é o de armar em catequista e arrebanhar prosélitos. É, sim, o de apresentar factos e fazer perguntas. A menos que, tendo testemunhado no terreno qualquer sucessão de acontecimentos (incêndios ou batalhas; festivais ou espectáculos desportivos), tenha reunido a informação necessária para poder formar opinião sobre a realidade.
Quando falo em «terrorismo incendiário», trata-se da qualificação de uma prática e não de referência a qualquer estrutura terrorista (sem aspas) na acepção comum. Mas conheço entidades que têm sido relacionadas com actos de «terrorismo incendiário» e cujos objectivos estratégicos são perfeitamente compatíveis com duas linhas de fogo paralelas, UMA AO LADO DA OUTRA e não «uma à frente da outra», como diz. Aliás, essa confusão quanto à orientação das linhas de fogo é que o leva a associar a imagem a um contrafogo e a dizer que uma frente vai consumir o combustível da outra. Para ser um contrafogo, a vegetação teria de arder à frente da progressão do incêndio, de modo a que as chamas acabassem por chegar a uma zona já ardida e se extinguissem. Ora, olhando para as imagens, vê-se perfeitamente que as linhas de fogo são ambas empurradas pelo vento em trajectórias paralelas longitudinais. Ou seja: linhas paralelas que, nas condições vigentes, não se encontrariam. Neste caso, é sabido que não houve nenhum contrafogo. Pessoalmente, tenho dificuldade em entender que alguém desse ordem para iniciar um contrafogo no meio de uma floresta com o vento a soprar à velocidade que se conhece. Se os bombeiros, noutros locais, não conseguiram controlar frentes mais curtas, como iam controlar um contrafogo com duas dezenas de quilómetros? E quantos bombeiros seriam necessários?
Implica isto algum diagnóstico? Obviamente que não. Limito-me a elencar dúvidas. As conclusões só podem vir da Polícia Judiciária.
Agora o que posso assegurar é que um especialista no combate a incêndios florestais, perante o cenário documentado nas fotos, franziu o sobrolho e disse com toda a convicção: «Nunca vi nada assim».
É assim….
Queriam a europa não era?
Pois agora amanhem-se, que o mercado “livre” dá para todos os que querem aqui “investir”.
Não há volta a dar, ou fechamos as fronteiras, ou então já era, Portugal foi ali e não voltou.
Nem eu! Também nunca vi nada assim.
E já vi muita coisa! Há 5 décadas atrás tirei um ‘incendiário’ de rastos do meio das chamas, que tão só, queria desinfectar a vala das melancias. Tive muita dó do pobre homem que apenas queria a todo o custo oferecer o corpo para travar o lume que lhe fugiu. Em 21 anos assisti a 3 incêndios, imaginem! Não houve mais e já havia mato, resina e sangrias. E nem a vigente estrutura austera puniu o homem. E concordei.
Confesso que tudo mudou.
Mudou o tempo. Mudou a o desânimo de apagar e a deles vontade de acender. Mudou ‘o teatro das operações’. Mudou a vontade de reconfortar o pobre ‘incendiário’, como eu o fiz. Mudou o número assustador de incêndios a que já assisti, sem ser bombeiro, inda que de tal fazendo as vezes. Mudou para a vergonha que me cobre quando estou fora e me dizem meneando a cabeça: «Então Portugal anda sempre a arder?!» Pois… « Quando é que vocês resolvem isso?! Só vocês põem mais CO2 no céu do planeta que o resto da Europa…!». Até eu mudei. Não tenho comiseração por 500 incêndios num fim de semana. Dúvidas sobre os raios e que, havendo-os, a eles, aos incendiários os partam. Acabou-se-me o orgulho de ser português. Sai-me nojo, asco, repugnância das vísceras da alma que alguém queime alguém intencionalmente. Igualmente por quem os tapa com a manta da incerteza e da invergonha. Para porcos me chegam os irracionais que não os ‘tolinhos’ que de mim o fazem querer parecer, pois que acima do Tejo, são milhares os alpendres das tolices, das aldeias extintas, das votadas a sem vivalma e, confesso, que se a liberdade é esta libertinagem satânica, não precisamos de mais inferno.
Apraz-me perguntar: Afinal, isto é para ir até onde?!
Até ao ano de quantos, da Era Cristã, o calvário vai ser este de … tantas centenas de mil incêndios?!
E a impunidade de quem queima mais, já que deve sorrir de satisfação ao ‘voltar à actividade’ depois de picar o ponto ‘apresente-se semanalmente ás autoridades?
Até quando, juiz tem de ler isto na lei? E ter de aplicar isto?
Então, se isto acontece deliberadamente, tal gente que isto tem, isto merece.
É por cima os puros de coração começarão a dizer:
Que muito mau sou de coração e que não devo ser
Nem pensar mal de ninguém pois toda gente é boa
Muito bem intencionada ou muito bem comportada
E tenho que estar calado para ser bem considerado
E assim deixar desfazer e destruir uma boa nação
Cheia de amor, de beleza e de muita consideração
Há que intervir e já, porque tal é coisa é coisa má
Toda a autoridade tem de intervir ou deixe de o ser
Por nosso Portugal é incapaz de muito bem defender
E assim deixaremos de ser os idiotas que temos sido
Fazendo deste nosso nobre povo um povo tão sofrido
E grandes idiotas temos sido e não devemos jamais ser
Como assim sempre e tão tontamente bem temos feito
Deixando que tudo nos queimem e sem qualquer jeito
E deixando assim este nosso bom Portugal desaparecer…..
Está por assinalar as 2 fabricas de papel nos intervalos desses 2 fogos. Assim completaria mais a foto.
[Eliminada introdução demasiado extensa sem relação directa com o tópico]
Ipsis verbis, da fonte: Daniel Toledo; tradução livre Google do espanhol:
Cito: «Em Portugal, há uma guerra para contratos de combate a incêndios que não só executou a tinta.»
Em Espanha, «O acordo assinado entre os gestores das empresas, cujo ato foi filmado para garantir sua conformidade no futuro, estipulou o pagamento de uma taxa para aquisição de novos navios de combate a incêndio ou para compensar uma empresa que havia perdido um contrato em um dos seus áreas de influência, seja nas mãos de outra empresa fora do cartel ou de uma delas». Noutro local, «(…) Posso dizer aqui que não estamos falando de empresas espanholas. Os intermediários que se aproximaram de nós falaram em nome das empresas portuguesas “.» Citei.
E andamos nós, cheios de individual razão, pruridos a gosto, a ponderar se há uma comissão que é independente; um feudo herdado, podado e renovado em cada eleição; se muitos incêndios exigem ou não muitos bombardeiros; se o meu clube é melhor que o teu; se é preciso uma ou quinhentas reformas da floresta e elas resultam; se alguém acredita que para o ano que vem, com elas ou sem elas, vai ou não haver incêndios; ou, se percebemos mesmo, que somos manipulados em jogos de diversão com ‘reforço’ da conversa estudada, para eterno pagante se entreter!.
Para quem o quiser, note, que jogamos o jogo doutrém. Não o nosso, vulgo cidadão! Mais, eles preparam-se para extorquir ‘voluntáriamente’ a propriedade, depois de tais encargos, reformas e esvaziada rentabilidade, que até se muda ou não a fonte para outra mesma receita. Esta já está a dar muitos amargos de boca. Passa a bola aos militares. E, não tarda sai, se alguma vez sair, mais um acordão com muitas faces.
Vislumbrou a foto que ficou incompleta. Concordo. Era do papel ter pouca fibra. Ficam, as fotos, sempre assim, tremidas.
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Le Monde – Médias