Cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2016
Mensagem de futuro marca entrega dos Prémios Gazeta 2016
A convicção de que “o jornalismo não vai morrer”, manifestada pelo presidente da República, marcou a cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2016, que teve lugar na quinta-feira, no hotel Pestana Palace, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa, que recordou o agravamento da situação no setor da Comunicação Social no último ano, enalteceu o “heroísmo” dos jornalistas, sublinhando que “também se faz com a pena, com a palavra e com a imagem”, mantendo “viva e prestigiada a liberdade de Imprensa em dias de aperto ou sufoco”.
A entrega dos prémios, pela primeira vez patrocinados pelo Santander Totta, constituiu oportunidade para conferir visibilidade aos jornalistas, cujo trabalho “de serviço público” foi destacado pelo presidente do Clube, Mário Zambujal. José Quitério, distinguido com o Gazeta de Mérito, dedicou o prémio a Baptista-Bastos, “um príncipe da escrita” recentemente falecido. (PM)
De outros premiados, ouviram-se palavras de esperança. Margarida Metello exprimiu o desejo de que o seu documentário na RTP sobre a Reforma Agrária ajude antigos protagonistas de ambos os lados a “compreender o outro”. Luciana Leiderfarb, acerca da reportagem no Expresso, vencedora do Prémio de Imprensa, sobre descendentes de altos dignatários nazis, insistiu na ideia de que “falar, escrever, contar são atos políticos”.
Também foi invocada a situação de desemprego que afeta a profissão. O vencedor do Prémio de Fotografia, Enric Vives-Rubio, abordou o seu caso, comum a vários anteriores vencedores na categoria, que perderam lugar nos jornais. Teresa Abecasis, da Rádio Renascença, que partilhou com José Carlos Malta o Prémio Multimédia, dedicou-o a todos os camaradas que perderam o posto de trabalho.
PM