O escritor, jornalista e editor João Paulo Cotrim morreu hoje, aos 56 anos.
Como jornalista, publicou em títulos como a Visão, Grande Reportagem, LER, Colóquio-Letras, DNA, Oceanos, Máxima, Elle, Der Spiegel e Le Monde. Grande divulgador da banda desenhada em Portugal, dirigiu a Bedeteca de Lisboa desde a sua abertura, em 1996, e até 2002. Foi também diretor do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada durante quatro edições. Guionista para filmes de animação, escreveu também novelas gráficas, ensaios, poesia e histórias para crianças e adultos.
Atualmente era editor da Abysmo. Em 2020, durante o confinamento imposto pela covid-19, criou uma revista digital gratuita, a “Torpor – Passos de voluptuosa dança na travagem brusca”.
“Era uma daquelas figuras sem as quais nenhuma cultura saudável vive: o fazedor talentoso que cuida da sua obra, mas promove sobretudo a dos outros”, referiu o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa numa nota de pesar.
Também a ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou a morte de João Paulo Cotrim, em comunicado à imprensa. “A cultura portuguesa perde, hoje, um editor exemplar e modelar, que com rigor, profissionalismo e uma boa disposição permanente, deixou uma marca inapagável na edição independente em Portugal e na divulgação da banda desenhada e da ilustração entre nós.”