Entre os grupos de comunicação social que não são cotados em Bolsa foram poucos os que não registaram perdas em 2020. Os piores resultados foram da Global Media, que detém o “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias” e TSF. As perdas agravaram-se de forma significativa, com a empresa a registar prejuízos de 17,7 milhões de euros, de acordo com o Portal da Transparência da ERC. Em 2019, o grupo presidido por Marco Galinha teve prejuízos de 7,6 milhões de euros.
Em segundo lugar no ranking das maiores perdas está a Renascença. Pela primeira vez, a dona da Rádio Renascença, RFM e Mega Hits apresentou resultados líquidos negativos: 2,9 milhões de euros. Já o ‘Público’ continua a dar prejuízo. Em 2019 perdeu 3,3 milhões. Em 2020, o prejuízo foi de 2,6 milhões de euros. O mesmo aconteceu com o ‘Observador’, que passou de prejuízos de 1,3 milhões (2019) para 767 mil euros; o ECO, que registou perdas de 656 mil (847 mil em 2019) e a Newsplex, dona do ‘Inevitável’ e do ‘Nascer do Sol’, que perdeu 103 mil euros (410 mil em 2019)
A Lusa não teve prejuízo, mas viu os lucros encolherem para 76 mil euros (em 2019 ganhou 655 mil euros). Também a Trust in News, dona da ‘Visão’, lucrou 10 mil euros, menos seis mil que em 2019. O único grupo a aumentar os lucros foi a RTP. De 902 mil euros em 2019 passou para 3,08 milhões em 2020.
(Sónia Dias – “Correio da Manhã” 22 setembro 2021)