A administração da Global Media informou por e-mail os trabalhadores da TSF de que, no quadro da reestruturação em curso no grupo, pretende implementar «uma maior interacção» com outros títulos.
Segundo o “Correio da Manhã”, isso poderá implicar a fusão da rádio com outro meio, ou seja, uma fusão de redacções. A administração lembra que os resultados da TSF são «negativos há 11 anos consecutivos e que as perdas nalguns desses anos foram mesmo superiores a um milhão de euros».
Trabalhadores ameaçam com greve
Em meados de
novembro, recorde-se, os trabalhadores da TSF deram dez dias para a
administração do grupo presidido por Daniel Proença de Carvalho
esclarecer “quem tem o poder de decisão dentro da empresa sobre a
reestruturação anunciada” o que incluirá um possível despedimento
colectivo.
Aparentemente, a missiva enviada agora aos trabalhadores não responde às
questões solicitadas e que se não fossem esclarecidas poderia levar à
realização de uma greve na emissora.
Diretor demitiu-se
A instabilidade na TSF agravou-se no dia 7 de novembro, dia em que o diretor Arsénio Reis apresentou a demissão do cargo que está a ser ocupado de forma interina.
Em 2014, quando a TSF ainda era propriedade da Controlinveste, uma reestruturação do grupo levou ao despedimento de 160 trabalhadores, 64 dos quais jornalistas.
Em Setembro passado, o administrador Afonso Camões terá admitido durante um encontro com comissões de trabalhadores dos vários meios que o novo processo de reestruturação do grupo poderiam implicar o despedimento de 200 colaboradores.
(Fonte: “Correio da Manhã” – 29 novembro 2019)