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“Libération” — De l’être au néant

O diário francês “Libération” entrou num processo terminal. A única incógnita é o tempo que vai demorar até ao último sopro do projecto encetado há 41 anos, sob a direcção de Sarte e Vernier. Na segunda-feira, Laurent Joffrin anunciou a supressão de 93 postos de trabalho, num total de 250 trabalhadores, 180 dos quais jornalistas. O plano inclui a fusão das redacções e a produção de conteúdos para novos meios digitais. Menos gente, mais trabalho. Há dois meses e meio, num breve comentário à apresentação que Joffrin fez do seu projecto, escrevi aqui [1] que as suas ideias eram difusas, o projecto pouco convincente e que o objectivo era conseguir o voto da maioria da redacção. Com palavreado de esquerda, Joffrin prepara-se para dar continuidade ao alinhamento político com o governo de Hollande. Adieu “Libé”. (JAG)

» “Libération” vai sofrer um tratamento de choque [2] (“Le Monde”)
» Carta do director aos leitores [3] (“Libération”)
» “Libération” dilacerado entre renúncia ideológica e imperativos económicos [4] (“Nouvel Observateur”)