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O “Público” sai da plataforma Nónio

5 de Dezembro de 2019


O “Público” decidiu deixar a plataforma Nónio, um sistema de registo de utilizadores online que tinha sido adoptado este ano pela generalidade da imprensa portuguesa com o objectivo de recolher informação que pudesse ser usada para fins publicitários.

“O Nónio não se enquadra na estratégia do “Público” para os próximos anos”, explicou a administradora do jornal, Cristina Soares, notando que continua a reconhecer um carácter de inovação ao projecto, que deverá agora entrar numa nova fase.

O “Público” tem vindo a apostar num esforço para aumentar as assinaturas online. Em Abril, anunciou novos limites aos conteúdos gratuitos no site, com o objectivo de transformar mais leitores em assinantes. Para além de um limite do número de artigos que podem ser consultados gratuitamente, passaram também a existir artigos exclusivos para assinantes. Em Agosto, os assinantes online superaram pela primeira vez os números de vendas em banca.

Já no mês passado, o jornal lançou o P Superior, uma iniciativa em que empresas financiam a oferta de uma assinatura online do jornal a alguns estudantes do ensino superior. Também nesse mês, retomou o projecto PÚBLICO na Escola, uma iniciativa para promover a literacia mediática.

O Nónio entrou em funcionamento em Janeiro. Participam no projecto vários grupos de comunicação social: a Cofina (Sábado, Correio da Manhã, Jornal de Negócios), a Global Media (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF), o Grupo Renascença Multimédia, a Impresa (Expresso e SIC) e a Media Capital (TVI, Rádio Comercial). Estas empresas fazem parte da chamada Plataforma de Meios Privados, que é a responsável pelo projecto. De acordo com o site do Nónio, os meios de comunicação que aderiram à plataforma eram “responsáveis por 70 sites que reúnem 85% da audiência nacional de Internet”.

O sistema permite aos utilizadores usarem uma única conta para aceder a conteúdos dos vários sites que estão reservados a utilizadores registados, mesmo que, em muitos casos, continuem a ser gratuitos. O projecto foi financiado pelo DNI, um fundo criado pelo Google para apoiar projectos editoriais na Europa e que é gerido por profissionais do sector. O fundo aplicou 900 mil euros no desenvolvimento desta plataforma.

( “Público” 3 dezembro 2019)

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