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Prémios Gazeta 2011 já são conhecidos

O júri dos Prémios Gazeta acaba de divulgar os nomes dos premiados, depois de ter analisado mais de uma centena de trabalhos.

Alexandre Soares (Revelação), Jorge Simão (Fotografia), José Manuel Rosendo (Rádio), Amélia Moura Ramos e Miriam Alves (Televisão) e Paulo Moura (Imprensa) vêm integrar a já longa lista de premiados pelos mais antigos e prestigiados galardões atribuídos aos jornalistas em Portugal.

O Prémio Gazeta de Imprensa Regional, atribuído pela Direcção do CJ, coube, em 2011, ao “Jornal de Barcelos”.
O Prémio Gazeta Multimédia não foi atribuído. O Júri considerou que nenhum dos trabalhos apresentados merecia a distinção.

Finalmente, o Júri deliberou atribuir o Gazeta de Mérito a Fialho de Oliveira (Santiago do Escoural, 1933), um dos mais antigos jornalistas nacionais, carteira profissional nº 31, com uma longa carreira na Imprensa – Diário da Manhã, Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Capital, A Tarde e revista Mais – e na TV (RTP).

Comunicado do Júri

O Júri dos Prémios Gazeta, reunido no Clube de Jornalistas, no passado dia 28, sublinha o crescente interesse, já revelado no ano transacto, no seio da classe, pelos mais antigos e prestigiados galardões atribuídos aos jornalistas em Portugal e que têm o patrocínio exclusivo da   CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS.

Os membros do Júri analisaram, desde Abril, mais de uma centena de trabalhos no conjunto das diversas modalidades a concurso. A reunião final ditou os seguintes resultados:

Prémio Gazeta Revelação atribuído a Alexandre Soares pelo trabalho “O Beijo do Marinheiro Português”, publicado na Notícias Sábado DN e onde, a par da história singular e bem contada de uma foto envolvendo um militar norte-americano de origem portuguesa, se fala da pouco conhecida participação dos emigrantes lusos que combateram na II Guerra Mundial.

Prémio Gazeta de Fotografia atribuído a Jorge Simão pela reportagem “Revolução no Cairo”, publicada na revista Única, um conjunto notável de imagens que ilustram bem a intensidade e dramatismo da revolta popular na capital egípcia.

Prémio Gazeta de Rádio atribuído a José Manuel Rosendo pelas reportagens “Tahia Líbia” e “Descobrir a Liberdade”, transmitidas pela Antena Um. O Júri assinalou a qualidade, densidade informativa e estilo sóbrio e competente do jornalista da Rádio pública.

Prémio Gazeta de Televisão atribuído, ex aequo, a Amélia Moura Ramos e Miriam Alves, respectivamente, pelos trabalhos “O Volfrâmio Nazi” e “Quem Semeia Vento ”transmitidos pela SIC. O primeiro evoca, com imagens e informação inéditas, a ascensão e queda – doenças, miséria e abandono – de duas aldeias de Arouca, onde ingleses e alemães, exploraram, em minas vizinhas, em plena 2ª Guerra Mundial, o minério cobiçado pelos respectivos exércitos. O trabalho de Miriam Alves mostra, por sua vez, de forma expressiva e bem documentada, como a desactivação de 500 mil hectares de terrenos agrícolas na sequência da adesão à CEE, tornou Portugal um país altamente dependente em termos alimentares, tendo gasto, em 2010, mais de sete mil milhões de euros em alimentos importados.

Prémio Gazeta de Imprensa atribuído a Paulo Moura pelo conjunto de reportagens “Diário da Primavera Árabe” realizadas no Egipto e na Líbia e publicadas no Público e na revista Pública, entre Fevereiro e Setembro de 2011.

O Prémio Gazeta de Imprensa Regional, atribuído pela Direcção do CJ, coube, em 2011, ao “Jornal de Barcelos”. Dirigido por Paulo Jorge Vila, este semanário, com mais de seis décadas de existência, é mais um bom exemplo de uma imprensa regional de qualidade, com uma informação rica e plural, atenta às realidades locais, mas sem esquecer os grandes temas nacionais.

O Prémio Gazeta Multimédia não foi atribuído. O Júri considerou que nenhum dos trabalhos apresentados merecia a distinção.

– Finalmente, o Júri deliberou atribuir o Gazeta de Mérito a Fialho de Oliveira (Santiago do Escoural, 1933), um dos mais antigos jornalistas nacionais, carteira profissional nº 31, com uma longa carreira na Imprensa – Diário da Manhã, Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Capital, A Tarde e revista Mais –  e na TV (RTP). Respeitado na classe pelo seu carácter solidário, de invulgar dedicação às grandes causas dos jornalistas, Fialho de Oliveira teve uma papel destacado na organização do I Congresso dos Jornalistas Portugueses como membro do Secretariado Executivo; foi fundador e presidente (1986/88) do Clube de Jornalistas e presidiu, durante vários mandatos, nos anos 90 e na actual década, à Direcção e Assembleia Geral da Casa de Imprensa.

Composição do Júri: Eugénio Alves (CJ), Daniel Ricardo (CJ), Elizabete Caramelo (docente universitária), Eva Henningsen (Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal), Fernando Cascais (docente universitário), Fernanda Bizarro (free-lancer), Fernando Correia (jornalista e docente universitário), Jorge Leitão Ramos (crítico de cinema e televisão), José Rebelo (docente universitário) e José Manuel Paquete de Oliveira (sociólogo e docente universitário).