Informação RTP, a mais credível no País
O que acima, em título, se afirma (e pode ser comprovado neste relatório), não é, para mim, surpreendente. Sempre defendi o serviço público de informação radiofónica e televisiva e não tenho razões para me arrepender. Trabalhei na RTP durante vários anos e vi, por dentro, os esforços, permanentes de sucessivos governos para domesticarem a informação produzida – o que muitas vezes foi conseguido. Como vi também, às vezes com êxito, governos vários prejudicando ignobilmente a informação pública – sempre tendo em vista a sua privatização. O que não foi conseguido graças à luta dos seus trabalhadores, à luta de alguns partidos e de uma parte significativa da população. (RC)
Se perguntarem a Marques Mendes – hoje o homem da ‘opinião que conta’ na SIC, ele pode explicar tudo ao pormenor (o que nunca fará, obviamente). Quem pode dar também uma ajuda é Morais Sarmento, que esteve quase a conseguir o que queria. Mas, suspeito, ele também guardará, de Conrado, o prudente silêncio. E já agora Daniel Proença de Carvalho, uma espécie de Dono Disto Tudo sem a Comporta.
Dito isto: penso que a RTP, ao longo dos tempos, apesar das vicissitudes referidas, conseguiu aguentar-se e fez muita coisa de bom. Embora o desejável – e por isso temos que lutar – seja que faça sempre mais e melhor.
Porém,
– nas condições em que, permanentemente, a empresa púbica de televisão tem vivido
– tendo em conta as sucessivas malfeitorias, nalguns casos criminosas, de que foi vítima por parte do poder político
– comparando com o que as outras televisões privadas têm feito ao longo dos anos (passando em claro a forma como a TVI foi criada, de início dita católica para depois ter dado no que deu…)
só posso concluir que a RTP é uma Nação – que deve ser acarinhada, defendida e escrutinada atá ao tutano. Porque é pública, porque é insubstituível, porque tem a obrigação de ser a melhor – mesmo nas condições difíceis em que vive. E porque as audiências não são quem mais ordena.
A informação e a programação de qualidade são uma obrigação. Contra ventos e marés. Com um Conselho de Redação atento e exigente e uma Comissão de Trabalhadores vigilante. Como manda a lei.
Ribeiro Cardoso
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