Oito sindicatos contestam medidas do Conselho geral da RTP
Oito sindicatos representativos dos trabalhadores da RTP divulgaram um comunicado conjunto em que contestam várias medidas do Conselho geral e afirmam que este prejudicou a paz social na empresa.
RECAPITULEMOS
1 – O Conselho Geral Independente entra em funções a 11 de Setembro de 2014, deveria vir pro-bono, mas afinal faz-se pagar a 500 euros por reunião e por membro.
2 – O CGI vem com o objectivo de “desgovernamentalizar a RTP”, cumprindo o propósito demite o CA e nomeia para o seu lugar um ex-deputado do partido do governo e um fornecedor de conteúdos à própria empresa.
3 – O CGI demite Alberto da Ponte por causa da aquisição da Liga dos Campeões e o presidente que nomeia para o substituir elogia o “excelente negócio” que ela representa.
4 – Mantém-se a proposta de cortes aos trabalhadores no seguro de reforma e o presidente e vogal são execionados de cortes salariais, alegando-se “concorrência” com o sector privado e obtenção de resultados operacionais positivos…obtidos pelos seus antecessores.
5 – Diz-se que a empresa precisa de viver dentro das suas posses e numa reunião com os sindicatos admite-se o recurso a empréstimos bancários.
5 – Faz-se uma mudança de directores, mas aumenta-se o número destes de 22 para 29.
6 – Diz-se que não há dinheiro e que é impossível contratar mais, mas contratam-se:
- Novo Director de Programação, Daniel Deusdado, ex-proprietário da produtora Farol de Ideias cuja titularidade consta-se, fica em família.
- Novo Director Criativo, Gonçalo Morais Leitão, publicitário conhecido como “o filho da pub”, para uma empresa que passou a rejeitar a “lógica comercial”.
- Novo Director de Ficção, Virgílio Castelo, actor de novelas para uma empresa com “novos paradigmas de serviço público”.
- Novo Director de Informação da Rádio, João Paulo Baltasar.
- Novo Assessor do CA para a estratégia de imagem, Pedro Bidarra.
- Novo Assessor do CA para a ficção, José Navarro de Andrade, nada mais, nada menos que o ex-assessor do actual Ministro da tutela, Miguel Poiares Maduro.
7 – Nem a tutela financeira, nem a política, nem o CGI conseguem explicar afinal, quem tomou a decisão de execionar da aplicação da Lei, o salário do conselho de administração.
8 – Em pouquíssimo tempo prejudica-se, irremediavelmente, a paz social da empresa.
Faltou-nos alguma coisa?
FE – FETESE – SICOMP – SINTTAV- SITIC – SJ – SMAV – STT
Lisboa, 23 de Abril de 2015
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