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Oito sindicatos contestam medidas do Conselho geral da RTP

24 de Abril de 2015


Oito sindicatos representativos dos trabalhadores da RTP divulgaram um comunicado conjunto em que contestam várias medidas do Conselho geral e afirmam que este prejudicou a paz social na empresa.

RECAPITULEMOS

1 – O Conselho Geral Independente entra em funções a 11 de Setembro de 2014, deveria vir pro-bono, mas afinal faz-se pagar a 500 euros por reunião e por membro.

2 – O CGI vem com o objectivo de “desgovernamentalizar a RTP”, cumprindo o propósito demite o CA e nomeia para o seu lugar um ex-deputado do partido do governo e um fornecedor de conteúdos à própria empresa.

3 – O CGI demite Alberto da Ponte por causa da aquisição da Liga dos Campeões e o presidente que nomeia para o substituir elogia o “excelente negócio” que ela representa.

4 – Mantém-se a proposta de cortes aos trabalhadores no seguro de reforma e o presidente e vogal são execionados de cortes salariais, alegando-se “concorrência” com o sector privado e obtenção de resultados operacionais positivos…obtidos pelos seus antecessores.

5 – Diz-se que a empresa precisa de viver dentro das suas posses e numa reunião com os sindicatos admite-se o recurso a empréstimos bancários.

5 – Faz-se uma mudança de directores, mas aumenta-se o número destes de 22 para 29.

6 – Diz-se que não há dinheiro e que é impossível contratar mais, mas contratam-se:

  • Novo Director de Programação, Daniel Deusdado, ex-proprietário da produtora Farol de Ideias cuja titularidade consta-se, fica em família.
  • Novo Director Criativo, Gonçalo Morais Leitão, publicitário conhecido como “o filho da pub”, para uma empresa que passou a rejeitar a “lógica comercial”.
  • Novo Director de Ficção, Virgílio Castelo, actor de novelas para uma empresa com “novos paradigmas de serviço público”.
  • Novo Director de Informação da Rádio, João Paulo Baltasar.
  • Novo Assessor do CA para a estratégia de imagem, Pedro Bidarra.
  • Novo Assessor do CA para a ficção, José Navarro de Andrade, nada mais, nada menos que o ex-assessor do actual Ministro da tutela, Miguel Poiares Maduro.

7 – Nem a tutela financeira, nem a política, nem o CGI conseguem explicar afinal, quem tomou a decisão de execionar da aplicação da Lei, o salário do conselho de administração.

8 – Em pouquíssimo tempo prejudica-se, irremediavelmente, a paz social da empresa.

Faltou-nos alguma coisa?

FE – FETESE – SICOMP – SINTTAV- SITIC – SJ – SMAV – STT

Lisboa, 23 de Abril de 2015

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